Josefo, o historiador romano, e o batismo de arrependimento de João Batista



Marcos, um dos evangelistas, afirma:

"Apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados" (Marcos 1.4).

João era primo de Jesus. Ele pertencia à tribo de Levi e a uma família sacerdotal (Lucas 1.5). Quando tinha aproximadamente 30 anos, João começou a pregar no vale do rio Jordão. A sua pregação? "O batismo de arrependimento, para remissão dos pecados".
E aí surge a questão: As pessoas eram batizadas por João porque haviam se arrependido ou se arrependiam ao serem batizadas por João?


Craig L. Blomberg comenta que o genitivo na expressão "batismo de arrependimento" é provavelmente ou subjetivo ("batismo produzido pelo arrependimento") ou descritivo ("batismo caracterizado pelo arrependimento"). É improvável, continua Blomberg, que João estivesse ensinando que o ritual de batismo produz o arrependimento. A afirmação de Blomberg é corroborada por Josefo, historiador romano, que descreveu o ministério de João no contexto da derrota de Herodes Antipas para Aretas, rei de Nabatéia, da seguinte forma:

"Agora, alguns dos judeus achavam que a destruição do exército de Herodes tinha vindo (muito justamente) de Deus como uma punição pelo que ele fizera contra João, chamado de Batista; Herodes matou João, um bom homem, e ordenou que os judeus exercessem virtude, tanto como a justiça para com o outro, e como piedade para com Deus e que assim chegassem ao batismo; para que [a lavagem com água] fosse-lhe aceitável se dela se utilizassem, não para se livrar [ou remir] de [apenas] alguns pecados, mas para a purificação do corpo; supondo ainda que a alma já tinha sido previamente e completamente purificada pela justiça (Antiguidades 18:5,2)".

Concluindo
João pregava o arrependimento dos pecados, isto é, uma mudança drástica da mente e das ações dos judeus (Mateus 3.8). Aqueles judeus que se arrependiam eram batizados por João.

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